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Audiência Pública discutiu o futuro da Saúde Pública de Natal



Na manhã da última terça-feira (26/04), a Câmara Municipal de Natal realizou uma audiência pública sobre a condição dos grevistas da Saúde e suas demandas, presidida pelo Vereador Professor Robério Paulino (PSOL-RN). A audiência contou com a participação dos Vereadores Júlia Arruda, Divaneide Basílio, além de Robério Paulino (presidente), o Representante da Secretaria Municipal da Saúde; A Representante do Sindsaúde, (Fátima Menezes) e o Representante do GOSS (Sônia Godeiro). Ainda, como convidados fizeram-se presentes

O Representante do SINSENAT (Marcone); O Representante do SINDERN (Luciano); O Representante do do Sindicato de farmacêuticos (Pablo) e o Representante do Sindicato dos Odontólogos (Sedru). Também, compareceram dirigentes e ativistas de vários sindicatos ligados à saúde, como os de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, médicos, além uma representação numerosa dos agentes comunitários da saúde.


Umas das questões postas pelos palestrantes de forma emocionada foi o número de profissionais que faleceram do Covid-19 no exercício do trabalho, já que foi uma categoria que estava na linha de frente no combate à pandemia. Houve também discursos sobre doenças mentais que têm atingido os profissionais da área, pois há indicação nestes servidores de sinais de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico que tem como principal causa o excesso de trabalho. O esgotamento psíquico é comum em profissionais que atuam sob pressão constante e com assédio moral.



O fator de destaque nas falas foi sobre as perdas salariais da categoria em 8 anos. A Data-Base vem sendo descumprida categoricamente pela Prefeitura e as gratificações que não contam no cálculo da aposentadoria sendo cortadas sem aviso prévio, segundo os servidores. Além do fechamento polêmico de Hospital Municipal de Natal, que causará prejuízos à população.



As condições de trabalho dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem foi um tema bastante debatido. São péssimas condições de trabalho, sem cadeira ou mesa ergonômica, aparelhos de desinfecção quebrados, com salas insalubres e sem ventilação. Pacientes que ficam no chão e o médico tem que medicar. Os profissionais chegaram a afirmar que não há segurança, nem mesmo física. Nas UPAs há uma demanda enorme de pacientes que ficam aguardando por horas e, quando entram, às vezes, ocorre até agressões físicas aos servidores.



No que concerne ao assédio moral, segundo as falas, está sendo praticados nos hospitais da Rede Municipal e evidencia-se que essa prática abusiva vem afetando a integridade física e psicológica dos enfermeiros e causa depressão, angústia e ansiedade. "Vale ressaltar que o assédio moral constitui uma infração ética, e que haverá de existir apuração de denúncias no que tange a conduta ética que desmoralizem profissionais da Saúde", afirmou o Professor Robério Paulino, que presidiu a audiência pública.






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