A região Seridó abriu as discussões climáticas sobre como enfrentar os desafios do aumento da temperatura no planeta e como promover a sustentabilidade ambiental no dia em que se comemorou o dia da árvore, dia 21 de setembro. O auditório principal do campus do Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres/UFRN) ficou lotado durante a 1ª Assembleia Permanente do Clima do RN (ASCOP) que faz parte das ações elencadas na plenária da 1ª Conferência Potiguar do Clima (COP/RN), ocorrida no último mês de abril, em Natal que deliberou como meta o plantio de 5 milhões de árvores no RN em um período máximo de 5 anos, com a implantação de viveiros nas 167 cidades do estado. “Para o acompanhamento dos compromissos firmados, ficou instituído que realizaremos assembleias trimestrais permanentes do clima, de forma regionalizada.O início dessas atividade teve total êxito em Caicó, ficando já marcada a próxima, para o dia 07 de dezembro, em Mossoró. Parabéns a todos que abraçaram essa nobre causa.” Registrou o professor Roberio Paulino, Presidente da Conferencia.
A programação da Ascop trouxe como tema local que traz como tema local a problemática da não destinação ambientalmente adequada dos rejeitos e resíduos com as mudanças climáticas, contemplando palestras sobre reciclagem, a importância dos consórcios públicos para a gestão dos resíduos , perspectiva de uma política publica de produção de mudas, educação ambiental, enfrentamento e monitoramento climático. Também teve destaque na Assembleia as discussões sobre a bacia do seridó, núcleo de desertificação, serras como fonte de umidade, arborização urbana e qualidade das águas. “ Contamos com representantes da rede de Proteção Ambiental da Região Seridó e de outros palestrantes que deram suas contribuições com importantes dados. Os nossos diálogos foram muito ricos porque a sociedade civil pode se manifestar e apresentar seus posicionamentos.” Ressaltou a defensora publica Giovanna Burgos, uma das coordenadoras da Assembleia.
A imersão no contexto regional sobre o desafio local de redução de danos referentes às mudanças climáticas, trouxe para a 1ª Assembleia Potiguar Permanente do Clima questões ligadas à restauração de biomas de paisagens degradadas no semiárido regional. Como deliberação da Ascop será criado um grupo formado por ambientalistas que possam trabalhar a participação cidadã e engajada de diferentes setores da sociedade e do Poder Público, para a concretização da democracia ambiental, participativa e sustentável. “A proposta é criar projetos a serem apresentados a parlamentares e empresas que trabalham com os recursos naturais do Rio Grande do Norte como os parques eólicos e solares que estão se expandindo na região, para que juntos possamos criar ações efetivas para o bem-estar coletivo. Algo fundamental diante dos desafios climáticos que estamos vivendo.” Ressaltou o professor Graco Aurélio, pró reitor de extensão da UFRN que acompanhou de perto todas as discussões da Ascop.
Como atividade prática da Ascop também ocorreu, na manhã do dia 22, a oficina de compostagem com o ambientalista Pablo Rangel em parceria com o Projeto Ilha Zero, e foram plantadas sementes destinadas pelo Projeto Arboriza Natal para o viveiro de mudas de Caicó que é coordenado pela professora Sandra Kelly, docente do curso de Geografia do Ceres, que também esteve na coordenação do evento com o professor da UFRN Flavius Gorgônio. “ A Ascop cumpriu bem o seu papel de chamar atenção para questões climáticas urgentes da nossa caatinga. Agora é trabalhar para que as soluções para mitigar essa situação possam ser realmente uma realidade no sertão.” Declarou a Professora Doutora, que abriu o convite para a participação da sociedade nos mutirões realizados no viveiro do Ceres quinzenalmente, aos sábados pela manhã.
Quem se inscreveu e participou das atividades, já pode solicitar seu certificado pelo endereço: https://sigeventos.ufrn.br/sigeventos/login.xhtml. Em breve enviaremos as informações sobre a Assembleia Permanente do Clima que ocorrerá em Caicó, no próximo mês de dezembro.
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